sábado, 4 de junho de 2011



1.
Amigo, toma para ti o que quiseres,
passeia o teu olhar pelos meus recantos,
e se assim o desejas, dou-te a alma inteira,
com suas brancas avenidas e canções.

2.
Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este inútil e velho desejo de vencer.

Bebe do meu cântaro se tens sede.

Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este desejo de que todas as roseiras
me pertençam.

Amigo,
se tens fome come do meu pão.

3.
Tudo, amigo, o fiz para ti. Tudo isto
que sem olhares verás na minha casa vazia:
tudo isto que sobe pelo muros direitos
- como o meu coração - sempre buscando altura.

Sorriste - amigo. Que importa! Ninguém sabe
entregar nas mãos o que se esconde dentro,
mas eu dou-te a alma, ânfora de suaves néctares,
e toda eu ta dou... Menos aquela lembrança...

...Que na minha herdade vazia aquele amor perdido
é uma rosa branca que se abre em silêncio...

Pablo Neruda

3 comentários:

  1. Ahora quieren volver a exhumar su cadaver por si demuestran que fue "ayudado a morir" por el régimen de Pinochet. Y digo yo...¿para qué? No lo creo necesario. No vamos a dejar de amar su poesia más por demostrar algo que fue y es muy sospechoso.
    Beijos y gracias por estos recortes de él.

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  2. também li a notícia...e fico a pensar no que está por trás dessa busca da verdade...

    gracias a ti

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  3. Tereza. La verdad es la que sospechamos. La verdad es que curiosamente, murió cuando el "Pinocho" robó el poder al pueblo en Chile. No se si murió de pena o por que lo mataron, pero lo que si es cierto (para mí), que independientemente de su forma de morir su letras perdurán siempre.

    Smuakisss!!

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