quarta-feira, 27 de abril de 2011

quando, no nome do mar


fotografia da Susana


Quando digo o nome do mar não é do mar
que digo o nome, mas de tudo o que
antes e para lá do mar ficou
em sobressalto nos perigos da sua travessia.

Aprendi isso em lugares raros,
como o último silêncio, a última gota
de água ou de mel.

Francisco José Viegas

sábado, 23 de abril de 2011



dedos quietos que crescem
pele nua
brincadeiras como o amor
pêndulo solto de sonhos
lógicas sacudidas
olhar de só-assim
modos de chegar como sementes
manobras de artesão contra o ego
desafio do «eu»
nudez de pele
de mãos
e (sob os teus olhos)
invenção de um sólido espanador de tristezas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

un'altra vita

as emoções o corpo as sensações
a vigília os sonhos os desejos os sentidos
quando acordo de madrugada
a esperança de algo antigo e tão frágil



sábado, 9 de abril de 2011

o poder das palavras

Quando era menino, gostava de inventar palavras. Com cuidado, porque ainda não sabia muito bem como fazê-lo. Seguia os passos do meu avô que inventava enxertos para as plantas. Dálias com dracenas. Tangerinas com laranjas. Manjericão com alecrim. Orégano com lascas de macarrão (os temperos já saíam com a dose certa). Ciprestes, ele enxertava com enfeites de Natal. Ele era um inventor de impossibilidades. Em sua magia, todas davam certo. Madeiras-de-lei com árvores transgressoras. Ele mesmo ria de suas invencionices. Eu achava graça, mas curioso, prestava muita atenção com a seriedade possível para um neto que via em seu avô a saída para a monotonia do mundo. Com afinco, portanto, seguia inventando novas palavras nascidas do enxerto de duas anteriores.

Certo dia desinventei uma palavra. Mas, para minha surpresa, ela possuía uma cor nunca vista, exuberante, que descortinavam meus olhos para as estrelas, um aroma das manhãs orvalhadas dos campos virgens e uma textura que não cabia em nenhuma gramatura de papel.



Assim, foi tanta emoção, que acabei por abrir a mão e, feliz, com lágrimas nos olhos, pude vê-la voar suave num movimento espiralado em direção aos céus. Ainda hoje a reencontro sempre que olho apaixonado no brilho dos teus olhos.

Carlos Eduardo Leal

segunda-feira, 4 de abril de 2011

sanidade...

Sanity in terms of psychological systemic or social sanity is not the lack of phatology or neurosis. It's a dynamic state or a process of achieving, maintaining or re-finding equilibrium between polarities.

These polarities are on one side the need of total control and on the other end a complete absence of control. Fixation in one of both polarities can be considered pathological, it will cause symptoms that are difficult to deal with and they will cause insanity. This process of finding and maintaining a balance is a constant process. Even during sleep, dreams, sounds and movements are part of this process.

Now, the important part is to understand what is the reference or point of departure for finding this equilibrium.
The drive for this process, in my opinion, is the need of our Soul or Essence to express itself. Our essence is basically creative and anything disturbing the need to expression of this creativity will cause neurosis and finally pathological symptoms.

According to this view (temporarily) madness can be part of sanity. It can help to enlarge you sense of well being and open the road to balance within a person. From a social point of view the so called “midlife crisis” is considered a foolish fallback from a person. Probably it is often a neurotic reaction to not being able to deal with the transition of life stages but I have seen cases where this “madness” was absolutely necessary for a person to liberate him or herself from the imprisonment they created along the years.

Sanity is not a given thing, we have to work for it, invest and harvest. It’s both a conscious and unconscious process. When we look beyond our fears we will always find an unconscious drive towards cognitions, behavior and expressions that satisfy our essential need for balance. If this process is blocked neurosis and pathology is created instead.

Sanity is a process of constructive creativity towards biological, psychological and spiritual realization.
It’s an ongoing dance between neurosis and essence.

Sanity is crying when there are tears
Sanity is laughter when there is fun
Sanity is fear when there is danger
Sanity is silence when there is equilibrium

Theo Noordeloos

sábado, 2 de abril de 2011

Lua Nova em Áries

Amanhã, dia 3 de Abril às 14:32H ocorre a conjunção da Lua ao Sol no signo de Áries.

As Luas Novas e Luas Cheias activam o nosso Mapa Natal à medida que ocorrem, mas dinamizam cada um de maneira diferente e específica, dependendo das Casas Astrológicas onde “caem”, e também dos aspectos que façam aos Planetas e outros pontos importantes do nosso tema natal.

As Luas Novas, que se repetem a cada mês – o tempo que separa as conjunções sucessivas da Lua ao Sol – simbolizam novos inícios.

E amanhã teremos a Lua Nova no signo de todos os inícios – Áries.

Experimentem escrever uma lista de desejos ou objectivos relacionados com o tema desta Lua Nova : novos começos, foco em si mesmo, inocência e autenticidade, auto-descoberta, independência, capacidade de ser directo e assertivo, capacidade de correr riscos, coragem...

E se souberem em que casa astrológica se encontra Áries no vosso mapa natal, incluam esse tema na formulação dos objectivos.

bons desejos…. ;)