terça-feira, 27 de setembro de 2011

oUtOnO



Quero apenas cinco coisas...

Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.

Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

domingo, 25 de setembro de 2011



À minha volta vejo a plenitude pura da luz
sem peso
dar a cada coisa a evidência de ser

Tudo está por dizer à minha frente à minha volta.
Será necessário dizer?
Nada exige que eu diga
o que vejo e respiro
e me inunda
mas sinto a espera de tudo
numa sintonia branca
para que sobre a página
incida
o peso de cada coisa
iluminada

António Ramos Rosa

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

para kawayama




Madrigal dos 50 anos

Com as mesmas palavras do passado,
Digo que te desejo, Vida!
E como um namorado
Que desmede a paixão, já desmedida,
Prometo
Ser-te fiel sem esperança.
Fiel à consciente
Temeridade
De amar intensamente
Sem mocidade…

Miguel Torga

pAraBénsAmIgoMeu

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

desperta-me de noite



Desperta-me de noite
O teu desejo
Na vaga dos teus dedos
Com que vergas
O sono em que me deito

É rede a tua lingua
Em sua teia
É vicio as palavras
Com que falas

A trégua
A entrega
O disfarce

E lembras os meus ombros
Docemente
Na dobra do lençol que desfazes

Desperta-me de noite
Com o teu corpo
Tiras-me do sono
Onde resvalo

E eu pouco a pouco
Vou repelindo a noite
E tu dentro de mim
Vais descobrindo vales.

Maria Tereza Horta

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Hoje não trago nada que dizer.
Sossega o teu rosto no meu peito
Repousa em mim a tua tristeza
Ouve os segredos que te não digo
E a canção de forte esperança
Que germina e rompe devagarinho
Por todos os caminhos da vida.

Na pureza desta tarde,
Ao lusco fusco,
Abre comigo os olhos para os belos horizontes.

Tomás Jorge (poeta angolano)


terça-feira, 13 de setembro de 2011

viajar países

Copenhagen reconhece os meus passos tantos anos se passaram. Às vezes penso que não escolho os caminhos. Estão por aí espalhados e quietos. À espera que eu me perca neles. E são tantas as vezes que eu me perco…









segunda-feira, 5 de setembro de 2011

bêjo di sodade



Pá bô levá mar, pá mar leval'nha terra

quinta-feira, 1 de setembro de 2011



Dá a quem tu amas:
asas para voar,
raízes para voltar
e motivos para ficar.


Dalai Lama


Dorme meu menino a estrela d'alva/ Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada/ Outra que eu souber será p'ra ti