sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

o retorno à nossa natureza



O Universo, e tudo o que nele existe, pulsa.

Tudo tem um ritmo. Qualquer corpo ao realizar uma troca com o seu meio, dentro do seu próprio ritmo, o faz em sintonia com o ritmo cósmico. Como um corpo só. UNO.

A palavra Universo significa versus uno, em direcção à Unidade.

O sentido deste caminho encerra uma proposta evolutiva que é guiada por um ritmo circular e espontâneo. A espontaneidade desse pulsar resulta da aceitação de troca que é intrínseca a todo o processo evolutivo.

Nas relações atómicas, moleculares, humanas, sociais, políticas, etc. tudo tem origem num determinado tipo de troca. Essa troca produz vibração, energia, ritmo. É na troca de oxigénio que o calor é produzido no nosso corpo, calor que nos mantém vivos, no pulsar do coração, no pulsar da vida. Toda a natureza está plena de ritmo. É esse ritmo pulsátil que cria as formas, as cores, os temperamentos, as oscilações, os amadurecimentos, as colheitas.

Pulsar é inspiração e expiração do cosmos, é contracção e expansão. Quando estamos em sintonia com a nossa essência, sentimos a vibração do universo. E tudo acontece... a seu ritmo, a seu tempo.

A respiração leva-nos ao encontro desse ritmo espontâneo.

A contracção intensa, seguida de expansão plena, o movimento de vai e vem, de entra e sai, de inspirar e expirar sintoniza-nos com o holos.
A perda de paciência, de saúde, de amor, de humor é uma perda de contacto com o nosso próprio ritmo.

Respirar plena e livremente é o único segredo da consciência. Detectar o próprio ritmo é descobrir a própria partição na sinfonia do universo. Este movimento “espontâneo” é a chave de todo o bloqueio.

Sentimos este pulsar da vida, espontâneo e integrador como redondo. Um movimento circular, de união, simbiótico que nos devolve à nossa essência harmoniosa.
Quando nos sentimos unos, sentimo-nos redondos.
O movimento da respiração é redondo, o abraço é redondo, o beijo é redondo.

Talvez possamos, então, afirmar que a nossa natureza é redonda.

3 comentários:

  1. Al capdamunt, destacava la vila sa foradada silueta amb son castell emmerletat i son campanar romànic, sobre un cel roent de tardor que anava esblaimant-se per moments. La veïna serra, campida de blau negrós, batia sobre la plana misteriosa ombra. Un taro bastant viu feia saltironar les fulles seques com aucells ferits i, en ses alenades fortes, omplia la terra de remors d'esgarrapades.

    Narcís Oller, L'escanyapobres (1884)

    ResponderEliminar
  2. La vida és redónda. A veces no lo parece pero todo empieza y termina y vuelve a empezar. Nuestro cerebro, nuestra educación nuestra religión nos hacen parecer rectos pero somos curvos no hay principio ni fin. Pasamos por diferentes estadios, diferentes vidas, pero somos nosotros mismos.

    Besitos

    ResponderEliminar
  3. :) é isso mesmo kend-ito.

    Quer dizer que o caminho é redondo e que quando aceitamos fazer o regresso a nós mesmos, tornamo-nos seres menos condicionados e por isso mais criativos mais livres.

    beijinhos

    ResponderEliminar