domingo, 7 de agosto de 2011


levada das 25 fontes, Madeira

Ela queria construir a estrela da sua integridade sobre
o dorso do tempo. Repousava na embriaguez da sua
espera, respirava o frémito de um silêncio amoroso.
No limiar da dança, comtemplava os minúsculos
astros da sua morada nua. Caminhava abraçando o
espaço e modelando no ar a sua identidade de água
errante. Ela construía o reconhecimento de uma
aparição que fosse a evidência do seu olhar aberto e
livre.

António Ramos Rosa in “o que não pode ser dito”

2 comentários:

  1. gracias Fernando. retirado de um livro acabado de receber - uma prosa poética que nos acrescenta asas ;)

    besitos

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