Tamandaré
Eu pescador que pesco por um instinto antigo
e procuro não sei se o peixe se o desconhecido
e lanço e recolho a linha e tantas vezes digo
sem o saber o nome proibido.
Eu que de cana em punho escrevo o inesperado
e leio na corrente o poema de Heraclito
ou talvez o segredo irrevelado
que nunca em nenhum livro será escrito.
Eu pescador que tantas vezes faço
a mim mesmo a pergunta de Elsenor
e quais águas que passam sei que passo
sem saber a resposta. Eu pescador.
Ou pecador que junto ao mar me purifico
lançando e recolhendo a linha e olhando alerta
o infinito e o finito e tantas vezes fico
como o último homem na praia deserta.
Eu pescador de cana e de caneta
que busco o peixe o verso o número revelador
e tantas vezes sou o último do planeta
de pé a perguntar. Eu pescador.
Eu pecador que nunca me confesso
senão pescando o que se vê e não se vê
e mais que peixe quero aquele verso
que me responda ao quando ao quem ao quê.
Eu pescador que trago em mim as tábuas
da lua e das marés e o último rumor
de um nome que alguém escreve sobre as águas
e nunca se repete. Eu pescador.
Manuel Alegre, Oitavo Poema do Pescador in "Senhora das Tempestades"
Cerca del agua te quiero llevar,
ResponderEliminarporque tu arrullo trascienda del mar.
Cerca del agua te quiero tener,
porque te aliente su vívido ser.
Cerca del agua te quiero sentir,
porque la espuma te enseñe a reír.
Cerca del agua te quiero, mujer,
ver, abarcar, fecundar, conocer.
Cerca del agua perdida del mar,
que no se puede perder ni encontrar.
Autor: Miguel Hernández
KawaYama que bonito!
ResponderEliminarmerci mon ami :)
Me pones rojo tomate ;), pero gracias.
ResponderEliminarHummmm
ResponderEliminarsoso una soñadora mi dulce Aprendiz, un enamorada del azul del verde del mar...
Un beso muy grande por ser ...tan dulce