
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memórias.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes, leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Te deseo unas muy felices Navidades y un mejor y amoroso año 2010
ResponderEliminarBesos
Gracias Kend-ito.
ResponderEliminarSê bem vindo.
Um abraço.
Quantos poemas tem a vida?
ResponderEliminarse a vida mesma é um poema em si
só é preciso encontrar-lhe a rima
e com ela a música sem fim
poeta escritor maestro
ResponderEliminarbem-vindo
Sawabona