sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

poema VIII



Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.



Alberto Caeiro (O guardador de rebanhos)

3 comentários:

  1. e que tudo valeu a pena
    e que tudo vale a pena
    e que tudo valerá a pena

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  2. Jesús, el dulce, viene...
    Las noches huelen a romero...
    ¡Oh, qué pureza tiene
    la luna en el sendero!

    Palacios, catedrales,
    tienden la luz de sus cristales
    insomnes en la sombra dura y fría...
    Mas la celeste melodía
    suena fuera...
    Celeste primavera
    que la nieve, al pasar, blanda, deshace,
    y deja atrás eterna calma...

    Autor: Juan Ramón Jiménez

    Beijos

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  3. =)

    feliz comienzo de año amiga mia
    abrazos

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