“Sou entre flor e nuvem. Por que havemos de ser unicamente humanos? Não encontro caminhos fáceis de andar. E por isso levito. É bom deixar um pouco de ternura em cada lugar” (Cecília Meireles)
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
desperta-me de noite
Desperta-me de noite O teu desejo Na vaga dos teus dedos Com que vergas O sono em que me deito
É rede a tua lingua Em sua teia É vicio as palavras Com que falas
A trégua A entrega O disfarce
E lembras os meus ombros Docemente Na dobra do lençol que desfazes
Desperta-me de noite Com o teu corpo Tiras-me do sono Onde resvalo
E eu pouco a pouco Vou repelindo a noite E tu dentro de mim Vais descobrindo vales.
Sólo tu corazón caliente,
ResponderEliminarY nada más.
Mi paraíso, un campo
Sin ruiseñor
Ni liras,
Con un río discreto
Y una fuentecilla.
Sin la espuela del viento
Sobre la fronda,
Ni la estrella que quiere
Ser hoja.
Una enorme luz
Que fuera
Luciérnaga
De otra,
En un campo de
Miradas rotas.
Un reposo claro
Y allí nuestros besos,
Lunares sonoros
Del eco,
Se abrirían muy lejos.
Y tu corazón caliente,
Nada más.
Poema: Deseo
Autor: Federico Garcia Lorca
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