Um atrevido raio de sol penetra suavemente pela fresta da persiana, pintando de ouro a minha mão que entretida desenha círculos e círculos na madeira do soalho. Olho cautelosamente na direcção da luz. Partículas de poeira flutuam descordenadamente como adolescentes que aprendem a mover-se num corpo a crescer.
Passado presente na memória. Recordo a luz do bosque que se abria a poucos passos da porta da minha distante casa num tempo distante.
Estarei aqui amanhã?
Volto o meu rosto e olho para ela.
Os seus olhos são ternos, calmos e atentos. Emitem a alegria silenciosa de uma criança que olha para dentro de um tempo acabado de descobrir.
Sinto como se não houvesse bem ou mal no mundo – só eu e ela. E sinto também algo mais. Pequenos fragmentos de sentimentos opostos e verdadeiros. Inquietude e serenidade.
Talvez eu parta, digo. E penso para mim que não sei muito bem o que isso significa.
Skynet está próxima
Há 3 semanas
Se calhar nunca acabamos por partir e sempre fica algo de nós em aquilo que deixamos e onde deixamos de estar assim como sempre levamos com nós gente e lugares onde antes estivemos. Se calhar nunca partimos ainda que deixemos de estar...se calhar
ResponderEliminarMe gusta mucho, pero ¿por que siempre hay que irse o dejarlo? :-(
ResponderEliminarse calhar...
ResponderEliminardesculpem-me mas ultimamente ando parca em palavras
um beijo aos dois
Mejor que las palabras, coje un abrazo fuerte y cálido mi amiga.
ResponderEliminarDulces palabras
gracias lindo amigo
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