“Sou entre flor e nuvem. Por que havemos de ser unicamente humanos? Não encontro caminhos fáceis de andar. E por isso levito. É bom deixar um pouco de ternura em cada lugar” (Cecília Meireles)
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
poesia XXII
foto yuri bonder
Não me procures ali onde os vivos visitam os chamados mortos. Procura-me dentro das grandes águas. Nas praças, num fogo coração, entre cavalos, cães, nos arrozais, no arroio, ou junto aos pássaros ou espelhada num outro alguém, subindo um duro caminho.
Pedra, semente, sal passos da vida. Procura-me ali. Viva.
Y yo, querida amiga te contesto...
ResponderEliminarAflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
(c) Hilda Hilst
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ResponderEliminar:D
este o conhecia... :)
ResponderEliminarMe lo imaginaba, pero tegusta?. Eso es lo importante.
ResponderEliminar;-))